Tenho uma mania um tanto, diria, bizarra. Gosto de sacos plásticos. Coloridos, em formas diversas, a carregarem pedaços da vida, comprada em liquidação no mercado da esquina. É só me aproximar do caixa, e eles estão ali, gratuitos, prontos a conduzirem fragmentos utilitários do cotidiano até minha casa.
Qual minha alegria ao empacotar minhas compras, é como se também embrulhasse pedacinhos de mim mesma, mantendo-os hermeticamente fechados até que se desamarre o nó. O barulho, ah, aquele barulinho oco que se faz quando as compras são embaladas. E minha voz, que se revela melada com a frase: "Você tem mais saquinho?"
Qual minha alegria ao empacotar minhas compras, é como se também embrulhasse pedacinhos de mim mesma, mantendo-os hermeticamente fechados até que se desamarre o nó. O barulho, ah, aquele barulinho oco que se faz quando as compras são embaladas. E minha voz, que se revela melada com a frase: "Você tem mais saquinho?"
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