[do gr. palímpsestos, 'raspado novamente', pelo lat. palimpsestu.]. S.m. 1. Antigo material de escrita, principalmente o pergaminho, usado, em razão de sua escassez ou alto preço, duas ou três vezes[duplo palimpsesto], mediante raspagem do texto anterior
"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
Malabarismos do cotidiano
ODE À ALEGUIA - Ana, sobrinha de um grande amigo meu - Ana tem 2 anos (nessas horas é oportuna a língua inglesa, que adjetiva a idade: algo do tipo 2-ano-de-idade-sobrinha) - nos ensinou, a nós adultos automatizados e cheios de verdades, o que é filosofar. Pequena, mas de uns olhos grandes e sabidos, desconcertou a cozinha daquela arejada casa com vista pro paraíso com uma pergunta um tanto metafísica: "Shabina, o que é aleguia?" A namorada do meu amigo, Sabrina, ciente da ausência de respostas a algo tão intangível quanto um sentimento sem portas ou janelas, se agarrou no significante: "Ora, Ana, alegria é alegria". Esperta, Ana arregalou ainda mais os olhos plenos de mundos e concluiu: "Eu tenho medo da aleguia!".
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Prêmio Dardos
Meu blog foi indicado pelas três panteras do 3x30 para receber o Prêmio Dardos. Copiei do site delas que copiaram do outro site a bula do prêmio:
Informações ao usuário:
"Com o Prêmio Dardos se reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras."
Modo de usar:
"O prêmio possui três regras:
1- aceitar exibir a imagem.
2- Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.
3- Escolher 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos"
Contra-indicações: O Prêmio é contra-indicado em pessoas ansiosas e excessivas que acreditam que 15 blogs é pouco, muito pouco. (As contra-indicações inventei agora, porque sou ansiosa e excessiva e o efeito colateral é grave!)
Como não quero cometer injustiças em dia demasiado natalino, deixarei pra depois minhas indicações.
A propósito:
FELIZ NATAL A TODOS!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Ainda terminarei este conto ou alguém se habilita?
Não consigo terminar este conto. Quem quiser terminá-lo por mim (os 3 leitores deste blog, minha mãe, meu pai e você) ficarei feliz. (hUMMM, Lú, Anônimo, Andrea, Alyson, Douglas, Vitinho?) Também está sem título, pensei no título do concurso que ganhei do Sesc há muito tempo (melhor nem mencionar há quanto tempo, constrangedor, uma dica, é anterior ao livro O Homem que odiava as segundas-feiras): O Homem que amava terça-feira, do Ignácio de Loyola Brandão (conto dele que continuei e ganhei e conheci o escritor mais gentil que se sabe por escritor - ele me disse que eu não tenho medo do absurdo. E vos digo basta estar vivo para não temê-lo). Lá vai o começo do meu conto e fica aqui o desafio:
CONTÃO SEM TÍTULO
Estava me sentindo bem naquela manhã. Uma espécie de alegria sincrônica, um rombo no peito simultâneo ao que me dessem como garantia de vida. Certa música que ouvisse antes de ligar o rádio, de fato. Uma frase dita antes que alguém pensasse em abrir a boca. Uma ligação importante concomitante (odeio esta palavra!) ao meu desejo de ser importante. “Não pode ser tão perfeito!”, pensei. Não estava acostumada a qualquer felicidade isenta de esforço. Sempre desconfio da alegria espontânea.
Tranquei meu quarto, já inclinada à bondade. Aproveitei meu café da manhã com a boca mais doce, receptiva, distraída ante uma felicidade por se roubar. Mastiguei macio o pão amanhecido, mergulhado no café frio. Rumo à loja onde trabalho, larguei-me no confortável movimento de minhas pernas. Que sensação, por Deus!
Os rostos cansados bocejavam duvidosos, qualquer esboço de felicidade era incompatível com um metrô abarrotado de desilusão. Encaravam-me solitários e céticos. Estiquei meu sorriso, como uma afronta. Sabia que não iria durar, pois mantenho um constante vinco preocupado entre as sobrancelhas, a fazer do sorriso um movimento antinatural dos lábios. Mas desafiei minha natureza, naquela manhã, e permaneci sorridente.
CONTÃO SEM TÍTULO
Estava me sentindo bem naquela manhã. Uma espécie de alegria sincrônica, um rombo no peito simultâneo ao que me dessem como garantia de vida. Certa música que ouvisse antes de ligar o rádio, de fato. Uma frase dita antes que alguém pensasse em abrir a boca. Uma ligação importante concomitante (odeio esta palavra!) ao meu desejo de ser importante. “Não pode ser tão perfeito!”, pensei. Não estava acostumada a qualquer felicidade isenta de esforço. Sempre desconfio da alegria espontânea.
Tranquei meu quarto, já inclinada à bondade. Aproveitei meu café da manhã com a boca mais doce, receptiva, distraída ante uma felicidade por se roubar. Mastiguei macio o pão amanhecido, mergulhado no café frio. Rumo à loja onde trabalho, larguei-me no confortável movimento de minhas pernas. Que sensação, por Deus!
Os rostos cansados bocejavam duvidosos, qualquer esboço de felicidade era incompatível com um metrô abarrotado de desilusão. Encaravam-me solitários e céticos. Estiquei meu sorriso, como uma afronta. Sabia que não iria durar, pois mantenho um constante vinco preocupado entre as sobrancelhas, a fazer do sorriso um movimento antinatural dos lábios. Mas desafiei minha natureza, naquela manhã, e permaneci sorridente.
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