Ganhei o meu primeiro livro quando ainda não sabia ler. Um livro sem texto. Apenas figuras e uma enorme vontade de se preencher o que não estava escrito. O livro exerceu em mim tamanho fascínio que seus personagens e suas cenas se perpetuaram na minha memória: aquele senhor alto e magro, aquele sorvete a se derreter nas mãos de um sorveteiro cansado, aquele dia verde e quente, aquela criança que também era eu, hipnotizada ante um mundo por se descobrir. Inventava histórias infinitas, que por vezes se encontravam, por outras se escondiam, por outras não se repetiam e por outras se copiavam. Aos quatro anos de idade fui enfeitiçada de fato pela magia da ficção. Seu feitiço permeou minha vida sob a forma de outros livros, estes já com textos, palavras, mas sem imagens, um ponto a favor à minha imaginação. O que me faz ainda hoje inventar histórias. E ainda hoje abrir um livro como quem nasce.
Por isso hoje não poderia deixar de escrever sobre o livro, deste dia tão especial. Dia também de São Jorge e de São Pixinguinha, diga-se, razão pela qual gosto ainda mais de 23 de abril.
[do gr. palímpsestos, 'raspado novamente', pelo lat. palimpsestu.]. S.m. 1. Antigo material de escrita, principalmente o pergaminho, usado, em razão de sua escassez ou alto preço, duas ou três vezes[duplo palimpsesto], mediante raspagem do texto anterior
"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Boris Vian
http://www.youtube.com/watch?v=4b5Cs0AlsZM
Não consegui postar o vídeo, mas vale a pena visitar o link!
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sexta-feira, 10 de abril de 2009
Feliz Páscoa!
Eu, meu marido, vacalhau e binho
PS: quem se interessou pelo pequeno trecho do meu artigo sobre Rousseau, eis o link
quinta-feira, 2 de abril de 2009
números, números, números
Antes de o rei da França, Carlos IX, determinar em 1564 que o ano se iniciasse, de acordo com o calendário gregoriano, no dia primeiro de janeiro,o Ano-Novo era festejado com a chegada da Primavera e durava até o dia Primeiro de Abril.
Como resultado da cultura medieval, cujos símbolos matemáticos eram ao mesmo tempo símbolos teológicos e "serviam para explicar simbolicamente as verdades divinas"*, Dante dividiu seu poema A Divina Comédia em 3 partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Cada parte foi dividida em 33 cantos.
Jesus Cristo morreu aos 33 anos (ou a 10 dias de completar 33 anos, segundo os cálculos de alguns historiadores)
Em Estamos todos bem, Clara quase comete suicídio aos 33 anos.
Ontem, dia Primeiro de Abril, eu, (PrimaVera pra Ana e pra Lú, quando não me chamam de Pituca) completei 33 anos.
*Aron I. Gurevitch As Categorias da Cultura Medieval. Lisboa: Editorial Caminho, SA, 1990.
Como resultado da cultura medieval, cujos símbolos matemáticos eram ao mesmo tempo símbolos teológicos e "serviam para explicar simbolicamente as verdades divinas"*, Dante dividiu seu poema A Divina Comédia em 3 partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Cada parte foi dividida em 33 cantos.
Jesus Cristo morreu aos 33 anos (ou a 10 dias de completar 33 anos, segundo os cálculos de alguns historiadores)
Em Estamos todos bem, Clara quase comete suicídio aos 33 anos.
Ontem, dia Primeiro de Abril, eu, (PrimaVera pra Ana e pra Lú, quando não me chamam de Pituca) completei 33 anos.
*Aron I. Gurevitch As Categorias da Cultura Medieval. Lisboa: Editorial Caminho, SA, 1990.
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