"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Capitu em Moscou

Minha grande amiga, poeta, pesquisadora, e pessoa incrível, Andrea de Barros, criou um site bem bacana sobre a estada dela em Moscou. O site é atualizado todos os dias com suas experiências como doutoranda bolsista e como estrangeira em um lugar tão distante. Suas palavras sobre o site: "encontrar Machado de Assis na Rússia é minha proposta em Moscou, nos próximos seis meses. O roteiro, as impressões e os desafios dessa busca, vou deixando por aqui, esperando pistas e comentários de quem quiser me acompanhar."
Vale a pena conferir. Clique aqui

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Anuncie aqui

Aproveito que o blog agora tem novos seguidores - um dia chega aos cinco leitores - e renovo meu convite do dia  28 de janeiro de 2009:

Não sei se alguém reparou, mas o Palimpsesto agora tem publicidade. Quem quiser "anunciar" no blog, basta criar um "anúncio" com no máximo 300 caracteres além de um título curto e enviá-lo para o e-mail: verossi@uol.com.br. Somente serão publicados anúncios nonsense. O "anúncio" será linkado ao blog do seu "anunciante". Aceitamos muita criatividade como forma de pagamento.

Alguém se habilita? Caso contrário, os anúncios continuarão os mesmos, escritos por mim, apenas (auau), há mais de um ano!    

Diálogos

Os diálogos sempre me intrigaram (do Livro de Jó às crônicas do Luís Fernando Veríssimo)  Admiro aqueles que os dominam. Aliás, sempre acreditei que uma personagem, e, por conseguinte, o texto, ganha muito mais cores quando passa a ser delineada por suas falas em vez de descrita em longos parágrafos, na maioria, maçantes e limitantes (até rimou). Certamente os diálogos erigem o almejado texto polifônico.
Por outro lado, tanto em Estamos todos bem quanto em Telefone sem fio, minhas personagens são descritas não muito pelo que dizem, mas, sobretudo, pelo que não conseguem dizer, aquela frase presa na garganta, no caso de Estamos todos bem, ou aquele sarcasmo diluído em um suspiro arrastado, no caso de Telefone sem fio. Meus diálogos são costurados e remendados pelo silêncio, este sim, sua causa secreta.
         
  

Homem Comum

"Eram apenas ossos, ossos dentro de uma caixa, mas os ossos deles eram dele, e ele aproximou-se dos ossos o máximo que pôde, como se a proximidade pudesse estabelecer um vínculo com eles e atenuar o isolamento causado pela perda do futuro e religá-lo a tudo o que havia ido embora. (..) Os ossos eram o único consolo que restava para alguém que não acreditava na vida após a morte e sabia, sem nenhuma dúvida, que Deus era uma ficção, e que aquela vida era a única que ele teria."

Philip Roth (para quem, no final, não serão apenas ossos) - Homem Comum; tradução: Paulo Henrique Britto - São Paulo: Companhia das Letras, 2007

Um dos melhores escritores contemporâneos.

Por falar em escritores contemporâneos, aviso aos navegantes à vela, a literatura segue viva, vivíssima: Cronópios, o melhor site de literatura do Brasil