[do gr. palímpsestos, 'raspado novamente', pelo lat. palimpsestu.]. S.m. 1. Antigo material de escrita, principalmente o pergaminho, usado, em razão de sua escassez ou alto preço, duas ou três vezes[duplo palimpsesto], mediante raspagem do texto anterior
"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó
sexta-feira, 29 de junho de 2007
quarta-feira, 27 de junho de 2007
TANIZAKI
Outra raspadinha: Para quem gostou de "O sol se põe em São Paulo" de Bernardo Carvalho, uma sugestão de leitura, no mínimo, interessante: Junishiro Tanizaki. Acho incrível que críticos, ao avaliarem o livro do escritor brasileiro sequer citem, ao menos, a obra Voragem do escritor japonês, em que também há um triângulo amoroso, narrado por uma voz que se confunde entre as personagens (persona, neste caso, é mascara!) e as cartas amorosas.
A razão de minha loucura
"A tecnologia ameaça a humanidade do homem, mas não alcança à loucura, e nesta, a humanidade do homem se refugia." Clarice Lispector
FLAP!
Só para lembrar: nesse final de semana teremos FLAP. Entre os escritores e poetas convidados, destaco: Marcelino Freire, Glauco Mattoso, Andréa Del Fuego, Santiago Nazarian e Lourenço Mutarelli. O link do evento está ao lado.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Manias Parte II
Gosto de letras miúdas e sutilmente inclinadas. Havia uma época em que procurava imaginar como era a letra das pessoas. Buscava a perfeição pela caligrafia dos desconhecidos. Era interessante imaginar os destros e os canhotos, as formas de suas palavras definidas pela ponta do lápis. Discretamente, observava os hábeis, que seguravam a caneta com firmeza, definiam com precisão o que escreviam, a quase atingirem o sublime com a mão direita. Provavelmente, o porquê de minha obsessão residia no fato de ser canhota e ter uma letra horrível, a sempre manchar minha mão esquerda trêmula e o papel rasurado com tinta. Parei com a mania de imaginar a caligrafia dos transeuntes quando meus garranchos encontraram guarida nas fontes Arial e Times New Roman.
Manias Parte I
Tenho uma mania um tanto, diria, bizarra. Gosto de sacos plásticos. Coloridos, em formas diversas, a carregarem pedaços da vida, comprada em liquidação no mercado da esquina. É só me aproximar do caixa, e eles estão ali, gratuitos, prontos a conduzirem fragmentos utilitários do cotidiano até minha casa.
Qual minha alegria ao empacotar minhas compras, é como se também embrulhasse pedacinhos de mim mesma, mantendo-os hermeticamente fechados até que se desamarre o nó. O barulho, ah, aquele barulinho oco que se faz quando as compras são embaladas. E minha voz, que se revela melada com a frase: "Você tem mais saquinho?"
Qual minha alegria ao empacotar minhas compras, é como se também embrulhasse pedacinhos de mim mesma, mantendo-os hermeticamente fechados até que se desamarre o nó. O barulho, ah, aquele barulinho oco que se faz quando as compras são embaladas. E minha voz, que se revela melada com a frase: "Você tem mais saquinho?"
Assinar:
Postagens (Atom)