Exatamente hoje, meu blog completa dez anos. Palimpsesto é resultado de uma inquietação minha: existe texto original? Ao longo dos dez anos, fiz algumas raspadinhas, quando leio outros autores nos autores que leio de fato.
Continuo inquieta, com mais dúvidas do que respostas. Talvez meu pensamento seja um grande palimpsesto, penso eu.
Tenho entrado aqui raramente, sinal dos tempos, postagem substituída por poucos caracteres do twitter ou figuras ininteligíveis do Facebook. Mas mantenho o carinho pelo blog. Dos sonhos que larguei por aqui, no universo cor-de-rosa, silenciosa, sem leitores, apenas eu e o teclado.
Comemoro solitária dez anos inacabados sem champanhe, mas com alguma ilusão.
Ainda vendo futuro e uma gama completa de felicidade.
P.S.: Por coincidência, uma das minhas escritoras favoritas, Elvira Vigna, publicou recentemente um livro chamado Como se estivéssemos em um palimpsesto de putas, em que a estrutura da narrativa se assemelha a um palimpsesto, pelas histórias de João (não sei por quê, me lembrou o Apocalipse, daquele João que viu e ouviu, daquela prostitua devorada pelos dez reis)
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