Não perco a mania de falar sozinha, como já o disse aqui. Minha irmã chef, advogada e inteligente que só, Ly, disse-me uma vez que eu mesma me basto em uma conversa, eu-mesma pergunto, eu-mesma respondo e até eu-mesma discordo de mim.
Como não güento, quero dividir com alguém minha solidão, posto aqui alguns dos diálogos erigidos entre mim e mim-mesma. O primeiro já o escrevi de certa forma por aí e por aqui:
-Não me interessam seu estado civil, sua profissão, sequer sua gravata colorida. Somos mais do que formulários de banco por se preencherem.
-E o que somos?
-Nunca saberemos, por isso somos mais.
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-Você é ateu?
-Prefiro o mistério.
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-Somos audaciosos, minha torta mão esquerda.
-Tamo mais pra loucos, meus redondos olhos fechados.
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-Te amo.
-E agora?
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-Quem é você?
-O entorno.
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-Não tenho saco pra livros de auto-ajuda.
-Logo você, que sempre pede socorro.
-Ainda assim, Ademir Assunção parece-me mais convincente: "não sou exemplo pra ninguém".
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