[do gr. palímpsestos, 'raspado novamente', pelo lat. palimpsestu.]. S.m. 1. Antigo material de escrita, principalmente o pergaminho, usado, em razão de sua escassez ou alto preço, duas ou três vezes[duplo palimpsesto], mediante raspagem do texto anterior
"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Copy left
A criação deste blog foi movida por uma pergunta que ainda me persegue e me incomoda: há idéia (até 2012, com acento mesmo) 100 % original? e, por conseguinte, somos originais? O escritor é, sobretudo, leitor, (assim o espero). Daí a grande questão: até que ponto sua criação literária não sofre interferências e até que ponto é primeira e única? No diário que mantinha durante sua vida diplomática na Alemanha, Guimarães Rosa escrevia "100% original?" acima de alguns de seus pensamentos. Para Pierce, o pensamento é uma inferência, argumento este aliás suscitado por ele contra a tese cartesiana acerca da intuição. Nenhum pensamento nasce do nada, uma vez que o pensamento é infinito, sem começo ou fim, logo, a possibilidade da intuição, que justamente se engendra do nada, é nula. Porém, a ciência, a arte e a sociedade permaneceriam a mesma, sem a urdidura de algo original, e aqui me refiro à criação de novos conceitos, novas concepções artísticas, e invenções outras capazes de modificar peremptoriamente o olhar humano. Retomo Pierce e seu complexo conceito de abdução. Pierce nega a intuição, que surge do nada, porém, acredita no instinto, inerente ao ser vivo. Destarte, "a habilidade para fazer conjecturas é para o homem aquilo que o vôo (de novo, só 2012) e o canto são para os pássaros" (SANTAELLA, Lúcia. O método anticartesiano de C.S.Pierce. São Paulo: Editora Unesp, 2004. p.105). E a abdução (também o insight), tida por ele como uma inferência inconsciente, é uma espécie de julgamento de percepção, ou seja, um tipo de proposição que nos informa sobre aquilo que está sendo percebido. Há que se considerar os três elementos que envolvem a percepção: o percepto, que corresponde ao objeto da percepção, o percipium, ou o modo como o percepto, traduzido pelos nossos órgãos sensórios, é imediatamente interpretado no julgamento perceptório, que se refere ao terceiro elemento da percepção. Segundo Pierce, o julgamento de percepção é falível, mas indubitável, e apenas, sob este aspecto difere da inferencia abdutiva. Todavia, na sua formação, ambos são idênticos: são inferências inconscientes, fora do nosso controle (o que muito a aproxima da criação artística). Ainda mantenho minha dúvida, mais sofisticada à luz de Pierce, com algumas ressalvas, confesso, pois entendo intuição como algo relacionado à percepção e não ao pensamento primeiro [até porque provenho de uma família intuitiva, e tal fato é incontestável]. Mas, abro a discussão para quem mais quiser chegar. A roda está aberta.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Ninguém dia-a-dia
Querido, acuso e recuso seu recado na geladeira, preso ao lado do telefone da lavanderia. {Creio que o fez de propósito. Bem você, meu bem} Ao que penso. Nascer tem seu preço. O nosso é alto, meu amor. Minhas economias mal pagam o meu próprio nascimento.
P.S.: Jogue fora seu pedaço deserto de vida, caro e inútil neste mundo.
P.S.: Jogue fora seu pedaço deserto de vida, caro e inútil neste mundo.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Russo não tem
Andrea de Barros, talentosa poeta e grande amiga minha, estuda russo já há algum tempo (desde que a conheço, há cerca de 4 anos, a vejo às voltas com o alfabeto cirílico) e esses dias, pelo blog dela, descobri que não existe o verbo ter em russo. Muito interessante sua descoberta e sua observação acerca do fato. Quem quiser ler mair passa lá
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Sophisticated lady - you cry
They say into your early life romance came
And in this heart of yours burned a flame
A flame that flickered one day and died away
Then, with disillusion deep in your eyes
You learned that fools in love soon grow wise
The years have changed you, somehow
I see you now
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow, nonchalant
Diamonds shining, dancing, dining with some man in a restaurant
Is that all you really want?
No, sophisticated lady,
I know, you miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow, nonchalant
Diamonds shining, dancing, dining with some man in a restaurant
Is that all you really want?
No, sophisticated lady,
I know, you miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
Sophisticated lady
You cry
Sempre penso na Lady Ashley de "O sol também se levanta" quando ouço esta música na voz da Lady Day.
And in this heart of yours burned a flame
A flame that flickered one day and died away
Then, with disillusion deep in your eyes
You learned that fools in love soon grow wise
The years have changed you, somehow
I see you now
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow, nonchalant
Diamonds shining, dancing, dining with some man in a restaurant
Is that all you really want?
No, sophisticated lady,
I know, you miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow, nonchalant
Diamonds shining, dancing, dining with some man in a restaurant
Is that all you really want?
No, sophisticated lady,
I know, you miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
Sophisticated lady
You cry
Sempre penso na Lady Ashley de "O sol também se levanta" quando ouço esta música na voz da Lady Day.
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