Ganhei o meu primeiro livro quando ainda não sabia ler. Um livro sem texto. Apenas figuras e uma enorme vontade de se preencher o que não estava escrito. O livro exerceu em mim tamanho fascínio que seus personagens e suas cenas se perpetuaram na minha memória: aquele senhor alto e magro, aquele sorvete a se derreter nas mãos de um sorveteiro cansado, aquele dia verde e quente, aquela criança que também era eu, hipnotizada ante um mundo por se descobrir. Inventava histórias infinitas, que por vezes se encontravam, por outras se escondiam, por outras não se repetiam e por outras se copiavam. Aos quatro anos de idade fui enfeitiçada de fato pela magia da ficção. Seu feitiço permeou minha vida sob a forma de outros livros, estes já com textos, palavras, mas sem imagens, um ponto a favor à minha imaginação. O que me faz ainda hoje inventar histórias. E ainda hoje abrir um livro como quem nasce.
Por isso hoje não poderia deixar de escrever sobre o livro, deste dia tão especial. Dia também de São Jorge e de São Pixinguinha, diga-se, razão pela qual gosto ainda mais de 23 de abril.
4 comentários:
Oi Vera,
Tudo bom? Bonito post. Precisamos marcar algo.
Beijos,
Bela
Oi Bela! Muito obrigada, querida. Vamos sim. Pelo que sei já está de férias, isto é bom.
Beijos,
Vé
Oi Vé,
Linda homenagem, adorei!
Viva o livro!!!
beijos
Muito obrigada, Lú!
Viva o livro!! e também viva maio, o mês da sua tão aguardada visita. Tô esperando ansiosa!
Beijos,
Vé
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