[do gr. palímpsestos, 'raspado novamente', pelo lat. palimpsestu.]. S.m. 1. Antigo material de escrita, principalmente o pergaminho, usado, em razão de sua escassez ou alto preço, duas ou três vezes[duplo palimpsesto], mediante raspagem do texto anterior
"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó
domingo, 4 de janeiro de 2009
NOSSO SAMBA
Nunca escrevi cartas de amor pra ele. Sempre tive medo de desdizer o que sinto. Além do que ele ultrapassa qualquer poesia. Mas, por mais um ano juntos (tiramos essa foto ontem na Av. Paulista), posto aqui nosso samba que um dia ele irá musicar, na nossa casinha lá em Marambaia.
Quem ousa definir o amor? Aquilo que a voz cala, aperta o peito, machuca de tão bom. Abriga um olhar desamparado, domina cada desatenção de um momento desapercebido, irracionaliza o racional, entorpece a sobriedade. Até que abranda as feridas de outros amores, aconchega os anseios, engendra outros, e, dia a dia reconstrói-se nas idiossincrasias do outro. É quando casa-se. Casa-se um riso e uma brincadeira, um sono quente e um delicioso bom-dia, um café da manhã e um beijo de pão com manteiga, um olhar confidente e segredos no ouvido, um sonho e uma realidade, a dois.
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4 comentários:
Oi Vera,
Ai que fofo!!! Adorei o samba. Um samba de amor. E não ficou nada ridículo, como disse Pessoa sobre as cartas do gênero.
Um beijo,
A Divorciada do 3xtrinta
Brigadão, divorciada. Você é uma fofa, viu. Confesso que fiquei com um medo grande de soar ridícula, ainda mais porque não escrevo cartas de amor.
Beijos
Vé
Que lindo!!
Ah, eu sou a maior escrivinhadora de cartas ridículas de amor. O Charlie Peacock tem uma coleção delas. Mas nunca cheguei a escrever um samba de amor. Só poeminhas porno-engraçadinhos, hi hi hi.
beijosssss
Adoro poemas porno-engraçadinhos!!
Também queria escrever cartas de amor, mas um bloqueio, sei lá, talvez porque ache que meu marido e o que sinto por ele estejam sempre além das minhas palavras.
Débora, estou ansiosa pela sua continuação. Putz, vai ficar o máximo!
Beijos,
Vé
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