 Pela janela, Penélope percorre os dias, a prolongar as horas entre um cigarro e outro, como se lembrar-se de algo ou de alguém fosse a vida, fumável, enquanto nos acomodamos placidamente na cadeira. Todos os dias, pela janela, quando sobra tempo para pensar no pouco tempo que lhe resta para ser “feliz”, ela se arrasta aos ponteiros com o cinzeiro sob seus dedos longos e amarelos. Pela janela, constata a impossibilidade de ser “feliz”. Não se casaria novamente, suas manias, já amadurecidas e bem cuidadas pelos anos solitários, afastaram de si qualquer hipótese de uma nova vida a dois. Agora seria apenas ela e suas bolsas de crochê, além de uma enorme saudade do futuro que inventara um dia...*
Pela janela, Penélope percorre os dias, a prolongar as horas entre um cigarro e outro, como se lembrar-se de algo ou de alguém fosse a vida, fumável, enquanto nos acomodamos placidamente na cadeira. Todos os dias, pela janela, quando sobra tempo para pensar no pouco tempo que lhe resta para ser “feliz”, ela se arrasta aos ponteiros com o cinzeiro sob seus dedos longos e amarelos. Pela janela, constata a impossibilidade de ser “feliz”. Não se casaria novamente, suas manias, já amadurecidas e bem cuidadas pelos anos solitários, afastaram de si qualquer hipótese de uma nova vida a dois. Agora seria apenas ela e suas bolsas de crochê, além de uma enorme saudade do futuro que inventara um dia...* [do gr. palímpsestos, 'raspado novamente', pelo lat. palimpsestu.]. S.m. 1. Antigo material de escrita, principalmente o pergaminho, usado, em razão de sua escassez ou alto preço, duas ou três vezes[duplo palimpsesto], mediante raspagem do texto anterior
"Querida, você tem um coração na garganta"
Minha avó
terça-feira, 3 de abril de 2007
Mais Penélope
 Pela janela, Penélope percorre os dias, a prolongar as horas entre um cigarro e outro, como se lembrar-se de algo ou de alguém fosse a vida, fumável, enquanto nos acomodamos placidamente na cadeira. Todos os dias, pela janela, quando sobra tempo para pensar no pouco tempo que lhe resta para ser “feliz”, ela se arrasta aos ponteiros com o cinzeiro sob seus dedos longos e amarelos. Pela janela, constata a impossibilidade de ser “feliz”. Não se casaria novamente, suas manias, já amadurecidas e bem cuidadas pelos anos solitários, afastaram de si qualquer hipótese de uma nova vida a dois. Agora seria apenas ela e suas bolsas de crochê, além de uma enorme saudade do futuro que inventara um dia...*
Pela janela, Penélope percorre os dias, a prolongar as horas entre um cigarro e outro, como se lembrar-se de algo ou de alguém fosse a vida, fumável, enquanto nos acomodamos placidamente na cadeira. Todos os dias, pela janela, quando sobra tempo para pensar no pouco tempo que lhe resta para ser “feliz”, ela se arrasta aos ponteiros com o cinzeiro sob seus dedos longos e amarelos. Pela janela, constata a impossibilidade de ser “feliz”. Não se casaria novamente, suas manias, já amadurecidas e bem cuidadas pelos anos solitários, afastaram de si qualquer hipótese de uma nova vida a dois. Agora seria apenas ela e suas bolsas de crochê, além de uma enorme saudade do futuro que inventara um dia...* 
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